Devaneios e desejos me alimentam. Conformado como há pouco não estou. Necessidades retraídas tomaram posse de mim, agora sinto-me títere do sentimento e da reação que, enquanto ação, me elucidou. Sensação atual, errônea, improvável. Sensação carnal, sexual... Libido. Sensação que me atormenta, me desassossega, tira meu sono. Ai, quem me dera ter meu sonho interrompido pelo corpo teu que, silencioso como um olhar penetrante e desejoso, me ascende ao infinito. Ai, quem me dera poder atracar no teu porto, te levar pelo meu mar e desaguar em ti. Ai, quem me dera ver Bethânia a cantar o nosso som e, como badaladas matinais, soar enquanto fores meu. Mas, eu não me apego e, por isso, te deixo quieto, e me deixo só. Me sinto só. Poucos conseguem fazer minha frieza desmoronar. Tu és merecedor, e tu me tens ainda que o fogo que arde em mim continue a queimar. E, queimando, espero até que tu possas me aliviar da dor de ser e me elevar ao prazer de sentir.
Em 30/07/2013
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