Minha preservação, minhas memórias, o meu destrinchar está em voga, meu eu destrinchado, meu eu como ele é, deformado, deturpado, destrinchado, mas ainda assim, o meu eu. Meus pensamentos, meus sentimentos, meus tormentos; minha solidão, meu coração, minhas rimas ridículas ou não; meu modo de pensar, de falar, de incomodar. O cinema que me movimenta a 24 fotogramas por segundo, a música que me rege de modo tão singular e profundo, a literatura tão sincera de um simples vagabundo. Meus romances foscos, monocromáticos, coloridos; Meu esperançoso verde, meu doloroso amarelo, meu horroroso marrom. Minhas partes. Meus pecados. Minha luxúria. Meu sexo. Minha religião ou a falta dela. Meu criticismo. Minha produção. Minha produtividade. Minha dúvida. Meu eu: uma árvore no outono. Me encontre.
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